A expressão, apesar de desgastada pelo uso, denota uma certeza cada vez mais inquestionável no jornalismo atual. O processo de captação da notícia, até então sempre ou quase sempre circunscrito a uma das mídias, ganha complexidade e ameaça embaralhar as fronteiras entre os diferentes formatos jornalísticos.
Exige-se cada vez mais do repórter que apure os fatos e os armazene em diferentes dispositivos: áudio, vídeo, foto e texto. Esta nova realidade profissional, aliada à miniaturização dos equipamentos de apuração, exige uma formação diferenciada: além de competência e talento para desempenhar a função de repórter, os candidatos a jornalista precisam também saber trabalhar com filmadora e câmera fotográfica, além de manipular arquivos de áudio e vídeo. Isso é o mínimo indispensável.
Também as especificidades de linguagem de cada meio precisam ser trabalhadas pelos profissionais. Isso requer uma urgente mudança da grade curricular dos cursos de Jornalismo. “Técnicas de Reportagem”, que sempre foi uma das disciplinas introdutórias dos cursos, e geralmente calcada sobre a mídia impressa, precisa contemplar essa multimidialidade.
Em outras palavras, o jornalista multimídia não é mais só aquele que trabalha para suportes digitais. Todo o processo de captação da notícia passa a ter a marca dessa multimidialidade.
Prof. Mauro
sábado, 1 de dezembro de 2007
Jornalista multimídia
Postado por Mauro Souza Ventura às 12:25
Marcadores: Rumos da mídia
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