Já dizia o crítico norte-americano Harold Bloom que a morte da ironia é a morte da leitura. Na ironia, que talvez seja a mais fina e sutil figura de linguagem, as palavras assumem significados diferentes do literal, com o propósito de sugerir exatamente o oposto daquilo que estamos dizendo na superfície.
A julgar pela polêmica gerada pela capa da mais recente edição da revista The New Yorker será preciso muito esforço para resgatar a capacidade dos leitores de ler para além da superfície.
O objetivo da revista ao publicar a charge aí ao lado era justamente ironizar as críticas infundadas que Obama e sua mulher vêm sofrendo nas últimas semanas. É evidente que os leitores da revista entenderam, e se divertiram com a piada. Mas e os demais? Para estes, é preciso dizer literalmente que Obama nem é muçulmano, nem terrorista. Ora, uma revista inteligente precisa ser capaz de surpreender o leitor; e nesse aspecto a The New Yorker acertou em cheio. M.S.V.
A julgar pela polêmica gerada pela capa da mais recente edição da revista The New Yorker será preciso muito esforço para resgatar a capacidade dos leitores de ler para além da superfície.
O objetivo da revista ao publicar a charge aí ao lado era justamente ironizar as críticas infundadas que Obama e sua mulher vêm sofrendo nas últimas semanas. É evidente que os leitores da revista entenderam, e se divertiram com a piada. Mas e os demais? Para estes, é preciso dizer literalmente que Obama nem é muçulmano, nem terrorista. Ora, uma revista inteligente precisa ser capaz de surpreender o leitor; e nesse aspecto a The New Yorker acertou em cheio. M.S.V.
4 comentários:
a internet é um coisa sensacional...não sei se não foi negligencia minha nas suas aulas (e sempre me julguei: poderia ter sido menor), mas não sabia da existenia desse Blog...se bem que talvez seja apenas uma questão de esquecimento mesmo. Talvez já até tenha entrado na página, mas enfim...hoje, por acaso muito estranho encontrei ou reencontrei esse blog!! Feliz 'convergencia' da vida: vou ser reporter de um site e em breve vou estrear um blog. Acho que poderemos trocar figurinhas, não?
E não vou deixar o cometário nostalgico pra tras: quanta saudade da minha vida de estudante da Unesp!! Vida de 'gente grande' é muito mais chata...
A gente vai se falando, Mauro. Valeu.
Olá Verônica,
Que surpresa boa você postar um comentário aqui. Este blog é uma herança de minha passagem pela disciplina de Jornalismo Digital da Unesp, que ministrei até junho último. É também uma das muitas lembranças boas que levo da inesquecível turma de vocês, que foram meus primeiros alunos na Unesp, no segundo semestre de 2006 e no primeiro de 2007. Sempre que tiver opiniões a expressar, fique à vontade para fazê-lo neste blog, que nasceu coletivo e pluralista, e que sempre manterá essa tradição. Mantenha contato. Um abraço de seu ex-professor.
Olá Mauro,
Fazendo coro à fala da Verônica, devíamos ter aproveitado melhor esse canal. Sempre poderíamos ter feito mais, acho que isso vale para tudo e, se há proveito em constatar tudo isso, ele corresponde ao dever de fazermos o presente render o melhor.
Sobre os dois últimos posts, Mauro, concordo com a morte da ironia ser a morte da leitura. Acho que a ironia recebeu um golpe maior com a ascensão do "politicamente correto" totalmente sem graça e rentável.
Sobre a criação literária em blogs, peço para, se puder, dar uma espiada em meu blog, o Malabares Genéricos. Concordo que é uma salada só (postei um conto(?) no último post), mas, ele é, acima de tudo, produto da indefinição da cara-missão que se pode transplantar a esta ferramenta virtual que pode ser tudo e pode não ser nada.
Abraço saudoso, Mauro.
Meu caro amigo Bruno,
Obrigado pelo comentário. Vou visitar sim o Malabares Genéricos. Mande sempre notícias. Abraço, também saudoso.
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