quarta-feira, 6 de junho de 2007

A mídia impressa resiste

Segundo informações obtidas pelo repórter Jonatas Torresan (7º Termo, Diurno) e fornecidas a este blog, a circulação de jornais no Brasil “cresceu 6,5% no ano passado, superando o avanço mundial, que foi de 2,3%”. Os dados foram divulgados pela WAN, Associação Mundial de Jornais, que durante esta semana realiza em Cape Town, na Austrália, o seu 60° Congresso Mundial.

Transcrevemos a seguir alguns tópicos interessantes de notícia publicada em 5 de junho no JCNet e enviada pelo Jonatas.

  • “Os brasileiros, junto de chineses e finlandeses, são a segunda nacionalidade que passa mais tempo lendo jornal: 48 minutos diariamente”.
  • “Apenas os belgas, com 54 minutos, despendem mais tempo com a leitura”.
  • “No ano passado, a circulação mundial de jornais diários pagos, segundo a pesquisa feita em 232 países e territórios, atingiu a sua maior marca: 515 milhões de cópias”.
  • De acordo com Timothy Balding, principal executivo da WAN, “a circulação dos jornais nos mercados em desenvolvimento continua a crescer em grande velocidade e, nos mercados maduros, mostra resistência extraordinária”.

Os dados são interessantes e iluminam a discussão, freqüente em nossas aulas, sobre a crise do jornal impresso e os desafios do online. Dados fornecidos pela ANJ confirmam o otimismo: “a associação brasileira afirmou que 7,230 milhões de exemplares foram vendidos diariamente em média no Brasil no ano passado”, conforme a reportagem publicada no JCNet. Pelo visto, o velho suporte ainda tem fôlego.

Prof. Mauro

3 comentários:

Anônimo disse...

Seria interessante destacar a importância dos tablóides vendidos a preços populares que começaram a circular no ano passado na cidade do Rio de Janeiro.
Certamente a venda destes jornais colaborou com este aumento!
E a venda do Bom dia às segundas-feiras por R$0,50? Jogada de marketing ou desespero para atrair leitores?

Mauro Souza Ventura disse...

Pois é, William, o Projeto Bom Dia parece ser um exemplo de que há no Brasil mercado para o jornalismo factual, ou seja, para um produto dirigido aos leitores que gostam de obter informação pela manhã e de forma rápida (e que a TV não supre). Seria interessante ouvir alguem do departamento comercial sobre as estratégias adotas por este veículo no interior de São Paulo.
Penso que poderíamos convidar um de seus diretores ou editores executivos para participar de nossa Semana de Jornalismo, em outubro. Que acha?
Obrigado pelo comentário.
Abraço,
Prof. Mauro

Bruno Espinoza disse...

Professor,

Pode parecer superficial meu raciocínio, acho que é, mas tem um ponto que considero fundamental para a leitura desses números.
Vivemos um estágio de instauração capitalista já ultrapassado pelas potências do Primeiro Mundo. Quando estas passavam pelos meandros semelhantes aos da atualidade brasileira, também desfrutaram de crescimentos em diversos âmbitos, um boom das atividades "modernas", caso do jornalismo.

Sob este prisma, nada mais natural do que o crescimento do impresso por aqui. Também, apesar da torcida contra, poderá ser natural o seu futuro declínio, semelhante ao que ocorre no Primeiro Mundo. Será natural ou forçado, ou os dois?

Isso se avançarmos com as políticas de comunicação costumeiras, copiadas, importadas e inadequadas para a imprensa brasileira. Ou não, sei lá...

Desculpe-me por devanear demais.
Abraço!