domingo, 1 de julho de 2007

Agora nem o mínimo

O webjornalismo brasileiro perde um site: o Nomínimo encerrou suas atividades na sexta, 29, depois de ficar sem patrocínio.

Embora não tivesse muitos recursos multimídia e interatividade limitada aos comentários, o Nomínimo foi um site que contribuiu para o desenvolvimento do webjornalismo. Sem uma empresa de mídia por trás da linha editorial, surgido exclusivamente para a web, o Nomínimo reuniu nomes famosos das redações (Marcos Sá Correa, Villas-Bôas Corrêa, Ricardo Kotscho, entre outros) e gente que estava começando.

Na rede desde 2002, o site foi o que sobrou do No. (Notícia e Opinião ponto). O No. surgiu no auge do investimento de grandes grupos nos projetos de internet e naufragou com o estouro da bolha especulativa no começo dos anos 2000.

Quando o No. saiu do ar, parte do conteúdo ficou disponível. No entanto, já não é possível ter acesso aos textos publicados durante 1 ano e meio em que o site estava ativo. O mesmo deve acontecer com o conteúdo do Nomínimo.

O fim do Nomínimo é emblemático porque o site atingia aproximadamente três milhões de acessos por mês e contava com 150 mil assinantes da newsletter. Segundo o Ibope NetRatings, o brasileiro bateu recorde de uso da Internet no mês de abril. Foram 21 horas e 44 minutos conectado, crescimento de 11,8% em relação a abril do ano passado. Com o aumento da permanência na web e nas vendas de computadores pessoais, aliado ao grande número de visitantes que o site já tem, porque não conseguiram patrocínio?

E o conteúdo produzido? Ficará restrito e fragmentado por sites e blogs que tenham citado algum dos textos? Alguém irá imprimir os textos antes que eles fiquem indisponíveis?

Será que o destino do webjornalismo é ficar vinculado aos portais e grupos de mídia, tais como o Blog do Noblat?

Por enquanto não há respostas para essas perguntas.

3 comentários:

Mauro Souza Ventura disse...

Olá, Gustavo:
Sim, parece que assistimos na Web um processo de concentração semelhante ao que ocorreu com as mídias tradicionais. O que não estiver fora dos portais-currais está condenado à irelevância? Acredito, no entanto, que a tecnologia das redes pode fazer diferença. Mas é preciso formar redes alternativas, com a dos blogs, cujos autores precisam se visitar constantemente, formando assim um anel (Webring).
Abraço,
Mauro.

Unknown disse...

O Blogblogs é um dos caminhos. O "blogueiro" cadastra o blog e o site monta o ranking dos mais visitados, permite a exibição dos posts mais recentes, funciona como um grande guia.
O endereço é http://blogblogs.com.br
abraços!

Bruno Espinoza disse...

Acho que já tem patrocinadores que se "dispuseram" a manter o NoMínimo.