Os bancos de dados e a informação virtual alcançável pela memória
Também conhecidos como bases de dados, tais terminais vem se transformando em uma alternativa aos vícios do jornalismo impresso anteriormente utilizados no Webjornalismo. A facilidade com que mostram sua capacidade em atingir e contagiar o ambiente digital, mostrando-se provedores de novas tecnologias onde o jornalismo se encaixa devidamente disposto a mudanças estruturais necessárias aos seus novos anseios de alcance global, demonstra as qualidades desses bancos de dados e suas nuances.
Surgidos em meados dos anos 70 como ferramentas da produção jornalística que auxiliavam na obtenção de novas e importantes informações que contribuíam para o aprofundamento das notícias e reportagens empregadas, os bancos de dados vêm se mostrando atualmente como um novo formato de desencadeamento informacional repleto de inovações perceptíveis aos usuários da Internet, cada vez mais integrados ao sistema de comunicação e informação digital, e cientes da evolução dos meios midiáticos tradicionais em prol da presença contínua das novas tecnologias.
Mas é preciso diferenciar ainda mais especificamente os atuais bancos de dados dos antigos, já que os novos BD tem como regra e característica essencial a relação que possuem entre si, que proporciona e facilita a busca pela informação completa, ultrapassando limites de maneira antes inimaginável para arquivos presentes anteriormente, disponíveis para consulta, mas que não possuíam estrutura tecnológica suficiente para armazenamento contínuo de informação jornalística integrada de forma reticular, como hoje.
Quando dos princípios da percepção dos meios midiáticos de que havia naquele momento de mudança da cultura e sociedade, uma necessidade de mudança também no que se refere aos modos de divulgação de notícias e informações, foi de suma importância o surgimento da informatização para que o processo de produção fosse acelerado e o público obtivesse um acesso maior aos dados que desejasse e precisasse para o aumento do conteúdo informacional.
Dentro do jornalismo, podemos observar primeiramente uma informatização dos meios, antes feita de maneira considerada mais lenta e não progressiva, fato que provocou uma série de reações pontuais dos profissionais da área, redes televisivas, grandes e pequenos jornais impressos e emissoras de rádio, dentro da perspectiva da necessidade da inovação e adaptação dos antigos meios a uma plataforma e um formato mais sólidos e rápidos.
Ainda funcionando como contribuição dessa reação quase que imediata da mídia como um todo, a popularização da Internet, feita por meio do sistema WWW (World Wide Web), proporcionou aos usuários transformarem suas rotinas de busca pela informação imediata uma tarefa bastante facilitada devido ao surgimento de uma nova visão da mídia, contaminada pela dinâmica dos portais e em busca de cada vez mais maneiras de levantar como virtude a interatividade de seu público em relação aos meios, deixando de lado a anterior passividade e trabalhando por uma produção assistida e veloz.
Partindo do princípio da memorização da Internet pelos seus usuários, observamos a importância do acesso às informações ser muito rápido e, de formato confidencial, a privacidade, para que possa ser garantida a qualidade desse acesso e a contínua interatividade desses usuários em busca pela informação.
Essa informação deve prezar por ter organizados bancos de dados que correspondam às expectativas dos usuários, ampliando as facilidades ao demonstrar por meio de mensagens visuais e textuais um guia dentro do ambiente digital, multiplicador de informações, porém sem que se perca o caminho por onde seguem quem as utiliza, para que estes encontrem o que procurem e, algumas vezes, possam complementar a sua busca com novas alternativas propostas que podem ser encontradas na interligação desses bancos de dados.
Também presente nos hardwares e softwares, explicitados pelos discos rígidos e o browser da navegação pela Internet dos computadores, a memória para as páginas da Web podem ser comparadas ao cérebro e aos sentidos humanos na medida em que concentra as informações e as organiza de maneira a trransformá-la em memória contínua.
A busca por informações na World Wide Web e sua forma de catalogação também podem ser consideradas semelhantes às do cérebro humano. A diferença reside na presença das palavras-chave para obter-se dados na Internet enquanto que para a memória humana basta o arquivamento e lembrança de imagens e textos antes visualizados.
A prática do jornalismo na Internet e a adaptação digital
O jornalismo, como visto anteriormente, preocupou-se, em meados dos anos 70, a transformar primeiramente suas publicações impressas em experiências de versões digitais, no momento seguindo tendências de moldar-se a um novo ambiente em crescimento. A descentralização de informações e o advento de novas formas de construção de narrativas feitas pela constatação das necessidades do virtual e do digital então presentes, modificou a partir daí o modo como a mídia começaria a tratar essa nova tecnologia informacional.
Para tentar fazer com que esse inovador bombardeamento de informações não se tornasse meramente provedor de quantidades inestimáveis sem que se preocupasse com o conteúdo, alguns autores como Daniel Morgaine tentavam mostrar as possibilidades que existiam de, ao mesmo tempo, a mídia aumentar a sua produção e o acesso às informações sem que a qualidade fosse deixada de lado:
Sendo a informação uma matéria muito elaborada, difundida por uma série de meios cada vez mais diversificados, a imprensa escrita deve fazer pontes em torno de si mesma, em todas as direções, até as demais fontes de difusão de informação. Trata-se, sobretudo, para a empresa de imprensa, aproveitar neste momento as novas possibilidades tecnológicas. A era das comunicações é para a imprensa escrita a era da automação. Os novos procedimentos de impressão, os meios de telecomunicações e informática, hão de ser os instrumentos modernos que, postos a serviço de um diário, permitirão não somente diminuir a separação tecnológica entre a imprensa escrita e os outros meios de comunicação, mas também ampliarão o campo de ação do mercado do diário de informações (Morgaine, 1972, p. 26).
Tentando exemplificar também como novos modelos de narrativa textual permeiam as diferenças entre o antigo jornalismo e a sua digitalização, encontramos como ótima novidade o hipertexto, conceito estabelecido a partir da segmentação da narrativa e sua distribuição em links, textos curtos e objetivos e inter-relacionamento de bancos de dados permanentes.
Seja colocado de maneira linear ou não, o hipertexto modificou de maneira abrangente as estruturas digitais do Webjornalismo, produzindo uma inovação não só tecnológica como também feita para o acesso rápido e a fragmentação do discurso. As antigas formas de narrativa, consideradas mais densas e por isso menos acessadas, deram lugar a um método diferenciado de obtenção de textos, imagens e mesmo vídeos, que contribuem para uma maior interação dos usuários.
De diversas maneiras os usuários da Internet sentem-se parte do processo de interatividade e por essas maneiras eles exploram o diferencial encontrado no sistema da World Wide Web. Mostrando suas opiniões por meio de enquetes, conversas com jornalistas e envio de e-mails, construção de matérias feitas pelos leitores, adição de informações a matérias anteriormente publicadas, entre outros modos, além da navegação contínua feita através do hipertexto.
O conceito de multimídia, também surgido com a informatização do jornalismo, tornou-se ainda mais presente com o objetivo de mostrar e ilustrar todas as informações com textos, fotos, vídeos, áudios, animações, além da integração entre essas formas de manifestação, colocando mais uma vez a interatividade e hipertextualidade já promovidas.
Entretanto, mesmo com todas as facilidades da hipertextualidade, da interação e da multimídia, existem ainda alguns empecilhos presentes que fogem do controle dos usuários e mesmo dos provedores de informação encontradas na Internet. Um dos principais problemas é uma forma de educação a ser feita sem que existam tradicionais ensinos presenciais.
Sendo assim, a Internet e o Webjornalismo se tornam virtualmente novos espaços de experiência onde é feita essa educação, tecnológica e humana, onde é possível contornar o problema citado.
Se a hipertextualidade e a interação contínua podem ser problemas para a preocupação de se manter um conhecimento pela dificuldade da leitura on-line, também podem se transformar em solução quando identificados como aquelas facilidades que permitirão não só inovações tecnológicas, mas também um novo aprendizado que trará à vida cotidiana do usuário a experiência virtual que este procura e transporta para a sua realidade presente.
Giovanni Giocondo
sábado, 14 de julho de 2007
Os bancos de dados e a informação virtual alcançável pela memória
Postado por Giovanni Giocondo às 19:38
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Um comentário:
Oi Gustavo, valeu pelo apoio ao blog... adorei o seu tb... abraços
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