segunda-feira, 16 de julho de 2007

Análise crítica do Hipertexto na atualidade

Fernanda Testa
Letícia Resende

O conceito atual de hipertexto define que este se constitui de nós ligados por conexões. No caso da Internet, o hipertexto seria a quantidade infinita de links presentes na Web. Os nós podem ser apresentados em forma de palavras, imagens, gráficos, áudio, vídeo, etc. Dispõem-se de forma não-linear, podendo um nó ser conexão para uma rede inteira.
Ao contrário do que se pode imaginar, a idéia de hipertexto não nasceu com o advento da Internet. Desde a Idade Média, os leitores faziam um rol de anotações nos cantos das páginas dos livros, e depois as transferiam para um caderno de “lugares comuns”, que poderia ser consultados por outros posteriormente. Tais cadernos eram conhecidos pelo nome de marginalia. Um exemplo de uso da escrita hipertextual nessa época pode ser encontrado nos trabalhos de Leonardo da Vinci (1452- 1519). Assim como os leitores, Leonardo adicionava anotações nas margens das páginas de seus documentos escritos.
Já no século XX, mais precisamente no ano de 1945, é a vez do físico e matemático americano Vannevar Bush trazer de volta a noção de hipertexto, através da publicação de seu artigo “As we may think”, que traçava o panorama do funcionamento do Memex, uma idéia primitiva que pode ser comparada aos computadores pessoais de hoje em dia. Partindo da idéia de que o pensamento humano organizava informações e as utilizava através de associações aleatórias, Bush projetou o modelo do Memex. Um ano depois, em 1946, surge o primeiro computador eletrônico, projetado por John W. Mauchly e J. Presper Eckert, da Universidade da Pensilvânia, EUA. O funcionamento deste computador dependia de inúmeros cabos telefônicos, e a máquina era extremamente pesada. Ao longo dos anos, foram sendo projetados computadores cada vez menores e mais rápidos, até que em 1965, a Digital Equipment lança o primeiro minicomputador comercial. É nesse mesmo ano que o filósofo e sociólogo Ted Nelson apresentou o projeto por ele denominado Xanadu, que consistiria numa biblioteca universal baseada em hipertexto. Apesar de ter sido uma idéia que não saiu do papel, o projeto Xanadu tinha o diferencial de trabalhar com a conexão entre documentos.
Porém, a aplicação efetiva do hipertexto só veio a consolidar-se com o desenvolvimento da World Wide Web, concebida em 1989 pelo engenheiro de sistemas inglês, Tim Berners Lee. Foi o engenheiro que também inventou o HTML, formato para armazenar documentos no disco rígido de computadores conectados à Internet. A partir daí, com a ajuda do engenheiro Robert Cailliau, Lee criou um servidor e um browser, o que possibilitou a entrada de milhares de pessoas na Internet.

2. O Hipertexto e a Interatividade
3. O Hipertexto e seus benefícios

4. As desvantagens do Hipertexto
5. Considerações finais

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