quarta-feira, 18 de julho de 2007

Existe formato ideal para jornalismo no ciberespaço?

LIDIANE OLIVEIRA
THAIS NUCCI

O fenômeno da consolidação e da expansão vertiginosa da web como um meio utilizado habitualmente pelos seus usuários, em uma época já largamente denominada como a “era da informação”, gera a necessidade de se analisar essa mídia ainda em evolução, com o objetivo de explorar e desenvolver mais amplamente todos os recursos disponibilizados pela plataforma digital.

Muitos estudiosos da área acreditam que a maioria dos jornalistas ainda não se deu conta de que está produzindo notícias para um público que está mudando rapidamente de comportamento. Para Castilho, por exemplo, muitos profissionais agem como se nada estivesse acontecendo. Nessa linha, é possível notar que hoje, no Brasil, o jornalismo marca sua presença na internet ainda por meio das versões on-line de jornais impressos, juntamente a trabalhos de agências de notícias, de serviços de distribuição de notícias e de sites noticiosos especializados.

Por outro lado, os principais instrumentos da rede mundial agora trazem cada vez mais novos e ampliados recursos tecnológicos, que facilitam o desempenho de inúmeras atividades e funções jornalísticas. Nesse âmbito, um dos grandes desafios é, sem dúvida, definir um modelo a ser implantado, a fim de acarretar melhorias na qualidade gráfico-editorial da atuação jornalística produzida na rede.

O primeiro passo é instituir uma linguagem normalizada, com padronizações adequadas para o formato web. Para J. B. Pinho, os elementos que compõem a estrutura de hipertexto devem estar calcados nos seguintes parâmetros: não-linearidade, fisiologia, instantaneidade, dirigibilidade, qualificação, custos de produção e de veiculação, interatividade, pessoalidade, acessibilidade e receptor ativo. De acordo com ele, “a comunicação deve ser rápida e ágil entre jornalista, fonte e leitor”.

Paralelamente, existe também a necessidade de se realizar um trabalho com mecanismos que visem a relação entre produto e convergência das mídias, com o objetivo de se compor “estilos” próprios. O webjornalismo iniciou-se no Brasil em 1995 e, num primeiro momento, apresentou-se somente na forma de textos. Posteriormente, em 1997, foi introduzido o recurso audiovisual. Atualmente, já é difícil pensar no jornalismo sem a abrangência da convergência midiática.

Mas o que mudou e o que pode (e deve) mudar no chamado jornalismo do ciberespaço? A resposta ainda parece incerta. No entanto, cada um dos aspectos críticos que diferenciam a rede mundial das mídias tradicionais deve ser bem conhecido e considerado, para o uso adequado da internet como um poderoso instrumento de informação.

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