sexta-feira, 18 de maio de 2007

O Hipertexto e seus benefícios

Atualmente, o usuário de internet navega na rede, lê o material disponível e raramente se dá conta deste processo ou do que está por trás dele. Toda a descrição feita inicialmente do que é e como funciona um hipertexto é pouco questionada por quem o acessa em suas diferentes formas. A velocidade da busca pela informação da “sociedade da informação” denominada por Castells faz com que as pessoas partam em busca do acesso mais rápido, mais prático e mais completo à informação.
Neste processo, viaja-se página a página, avança-se leitura a leitura num mundo infinito de hipertextos sempre conectados entre si que proporcionam aos leitores múltiplos meios de construir sua leitura e sua busca de dados. A cada acesso cria-se um caminho diferente e, dificilmente, dois usuários, mesmo iniciando sua navegação pela mesma Home traçarão caminhos iguais. A grande oferta de sites e seus inúmeros nós abrem as portas para uma exploração infindável do mundo virtual.
A construção da estrutura do hipertexto é feita como a do pensar humano. Pensamentos são interligados de forma aleatória numa ligação de significados que, muitas vezes não têm associação, e que, conectados, passam a fazer sentido. Os nós levam de uma página para a outra como um pensamento remete a outro num devaneio.
A contribuição do hipertexto para o cotidiano é inúmera e o desenvolvimento desta forma de escrita está mudando os paradigmas do modelo impresso. O hipertexto rompe o limite material do livro impresso que têm previstos, desde sua feitura, um começo, um meio e um fim. A narrativa termina quando termina as páginas do livro. Já no labirinto intertextual do hipertexto, este final não é delimitado. Este novo mundo virtual criado se difere ainda das páginas impressas no que diz respeito à interatividade. A interatividade fará com que se rompa a leitura linear dos textos já que, graças a este novo modelo, são quebradas as antigas concepções de leitor e autor. A exclusividade da autoria fica mais limitada e a polifonia, a multivocalidade entra em cena como a nova prática da escritura de um texto.

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