Andressa Silva
Cláudia Campos
Maíra Soares
Cláudia Campos
Maíra Soares
Sendo hoje o hipertexto uma rede de informações não-lineares acessada pela internet, o comum é imaginar seu advento na era digital. Porém, a idéia de hipertexto remete a um passado muito mais remoto relacionado não a computadores, mas à escrita. Com o passar do tempo ele se adaptou às novas realidades digitais até tomar as características atuais.
Segundo Maria Clara Aquino em seu artigo Um resgate histórico do hipertexto, a idéia de hipertexto como infinitos blocos interligados tem início nos séculos XVI e XVII, quando era comum a marginalia. Trata-se de anotações, citações e comentários feitos nas margens dos livros por leitores, que eram transcritos para um caderno onde podiam ser consultados.
Walter Benjamin foi um dos precursores do hipertexto. Ele propôs o fichário de anotações como uma eficiente forma de interligar arquivos. Outro exemplo é o Memex de Vannevar Bush, citado por Aquino em seu artigo. Em 1945, ele desenvolveu uma espécie de maquinário que permitia acessar textos por meio de seleções aleatórias. Anotações, imagens e memorandos podiam ser acrescentados com microgravações. O aparelho faz analogia ao pensamento humano, que Bush acreditava funcionar por associações.
Assim como Bush, Pierre Lèvy, também citado por Aquino, aproxima o hipertexto da mente humana ao classificá-lo como uma metáfora da comunicação. Para ele, qualquer texto é um hipertexto, pois há conexão entre palavras e frases que adquirem significados quando ligadas umas às outras.
Apesar do conceito ser antigo, o termo hipertexto foi criado apenas na década de 60, por Ted Nelson. Ele o definiu como “escritas associadas não-seqüenciais”, algo muito próximo da definição de hoje, em que as associações são os links que interligam os diversos blocos de leitura.
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