terça-feira, 8 de maio de 2007

A postura do jornalista no ciberespaço

Andressa Silva
Cláudia Campos
Maíra Soares

A internet facilitou o acesso à informação ao romper as barreiras do espaço e do tempo. Seu caráter hipertextual compatibiliza velocidade da informação com espaço disponível e riqueza de informações oferecidas. Os jornalistas que publicam notícias na Web podem gerar diferentes roteiros de leitura para dar ao leitor opções.

O webjornalismo, segundo João Canavilhas, no texto A Internet como Memória, alimenta a memória digital graças ao arquivo das notícias que diariamente são colocadas on-line. Para ele, dessa forma, a internet surge como uma “extensão da memória, ela expande nossos sentidos e nossa capacidade para comunicar em larga escala com rapidez, eficiência e flexibilidade”.

Esse cenário exige um novo tipo de profissional que – para Carlos Castilho, no artigo Internet gera um novo leitor e novos desafios para o público – deve “aceitar o protagonismo dos leitores, abandonando o unilateralismo informativo”. O jornalista também precisa, além da habilidade de escrever e fazer edição, ser capaz de se relacionar com seus leitores, de efetivar a interatividade.

Por causa dessas mudanças, em outro artigo, intitulado O ensino do jornalismo na contramão da evolução da comunicação, Castilho sugere uma reforma no ensino do ciberjornalismo das faculdades, em que os alunos estão muito preocupados com as ferramentas e despreocupados em conhecer as linguagens e em refletir sobre as questões éticas deste novo ambiente de trabalho.

De acordo com ele, o erro está na preocupação das faculdades de jornalismo em treinar os alunos para o uso das novas tecnologias, em vez de propor um ensino que leve em conta que elas estão mudando radicalmente as rotinas e as normas da atividade jornalística. Além disso, ele explica que há o problema de a “atualização dos currículos ficar emperrada porque o ritmo das mudanças é muito mais rápido que os processos burocráticos da academia”.

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